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Central Telefónica de Gaia, Vila Nova de Gaia, 1982

Arquitectura
José Gigante

(Gab. Jorge Gigante/Francisco Melo)

Colaboração
Fernando Santos

Projeto de Fundações e Estruturas
Alípio Guedes

Projecto de Instalações Eléctricas e Mecânicas
T.L.P. - Telefones de Lisboa e Porto

Projecto de Instalações de Águas e Esgotos
Veloso Cardoso

Localização
Vila Nova de Gaia, Portugal

Dono de obra
Portugal Telecom

Data de Projecto/Obra
1979-1982


Construção
Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.

Fotografia
Manuel Magalhães

A fachada norte (entrada de peões), confinante com a 1ª fase, é uma superfície de corte onde se desfazem quaisquer ilusões de conotação volumétrica, tornada impossível pelo empolamento do programa. A fachada sul (entrada de carros), sendo a sua imagem reflectida, fecha a composição regular e compacta do edifício. A planta é descomprimida pelo grande pátio central, do qual se lê a caixa das escadas. As duas fachadas simétricas, em cuja silhueta se resumem as variações volumétricas, são o remate de uma composição essencialmente apostada na clarificação da sua própria estrutura e das regras do seu desenho. Peça a peça se ergue o corpo, até que se releia na forma acabada todo o percurso do seu fabrico. Como suporte, o módulo - bloco medindo o conjunto. Da sua associação nasce a parede - grandes superfícies fechadas, desdobradas em formas regulares e contidas, marcadas por regras constantes de remate. Delimitando-os no coroamento dos vários planos, surgem os elementos contínuos de betão armado que, cintando o edifício, são a expressão exterior de um esqueleto estrutural independente das paredes de blocos que o dimensionam. Da supressão de múltiplos modulares surgem as aberturas. Aberturas que desenham o seu encosto superior nos cintamentos de betão ou na extensão, até ao plano de fachada, das próprias lajes, cuja presença bidimensional é expressa pela obliquidade do envidraçado. Cada um dos seus rostos expressando funções e espojos distintos. Da construção surge a Forma. Da conjugação das partes. Assimiladas por uma lógica. Encadeadas num raciocínio. O desenho ordena-o. A obra verifica-o.

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