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Museu do Teatro de Marionetas do Porto, Porto, 2001
Remodelação

Arquitectura
José Gigante
Fernando Santos


Localização
Porto, Portugal

Cliente
Teatro de Marionetas do Porto

Data de Projecto/Obra
2001

Fotografia
Arquivo José Gigante

O edifício preexistente é um volume composto por cave, r/chão e dois andares, genericamente constituído por áreas amplas capazes de proporcionarem as condições adequadas para o efeito. O projecto, preservando a identidade arquitectónica do edifício existente, procura adaptá-lo a tais desígnios programáticos. A fachada voltada à rua, inexplicavelmente descaracterizada pela retirada do reboco que anteriormente revestia os planos intercalados na cantaria de granito, será requalificada repondo  tal revestimento e recuperando as esquadrias de madeira que preenchem os vãos dos andares. No r/chão serão retiradas as caixilharias existentes (de péssima qualidade) e redesenhadas tanto a porta de entrada como as duas montras laterais, pretendendo-se que estas últimas possam funcionar como pequenos espaços cenográficos de identificação da temática do museu. Um espaço de entrada/atendimento, separado do interior por um painel de vidro translúcido (eventualmente serigrafado) antecede a sala de exposição do r/chão que poderá também funcionar como área de apresentação do museu, permitindo a integração de um sistema de projecção. O piso de entrada integra ainda um gabinete para fins administrativos e três sanitários, sendo um adequado para o uso por deficientes motores. O acesso à cave, onde se situará a área de Reserva, localiza-se na área de articulação entre estes espaços e a já referida sala de exposição/projecção. Os 1.º e 2.º andares constituirão áreas amplas de exposição, sendo as escadas limitadas lateralmente por superfícies que poderão também servir o mesmo fim, complementadas por duas vitrinas fixas para colocação de peças, as quais permitirão dispensar a adopção  de guardas nos limites dos vãos de escada. No último piso, a estrutura de madeira da cobertura, a recuperar, será deixada aparente, aplicando o forro de tecto directamente sob os planos inclinados das águas do telhado, assim dilatando o volume interior naquele que será o espaço de remate do percurso de visita ao pequeno museu. O desenho dos acabamentos interiores procurará ser o mais despojado possível, no sentido não só de procurar uma economia de obra mas também de proporcionar superfícies neutras para suporte dos elementos a expor. Em geral, em toda a periferia do espaço, as paredes existentes serão forradas com painéis de gesso cartonado aplicados sobre estrutura metálica própria, com colocação de isolamento térmico sempre que se trate de superfícies em contacto com o exterior. Os tectos falsos a executar, bem como as divisórias, serão do mesmo material, o que, correspondendo aos propósitos arquitectónicos já enunciados, permitirá também simplificar processos de integração das infra-estruturas, numa obra essencialmente executada a “seco”. À semelhança da cobertura, a estrutura de madeira dos pisos será também mantida e eventualmente reforçada, tal como as escadas, excepção feita à escada de acesso à cave (em muito mau estado) que será demolida e reposta na posição indicada em projecto. Os pavimentos da cave e r/chão receberão acabamento contínuo com aplicação de argamassa epoxídica auto-nivelante, mantendo-se nos andares o soalho existente, devidamente recuperado e acabado. O modo de exposição e disposição das peças integrantes do museu será objecto de estudo complementar em função do projecto museológico específico inerente à sua instalação.

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