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Teatro de Belomonte, Porto, 1992

Por detrás das duas portas vermelhas que abrem para a rua está um Teatro. No interior, superfícies brancas escondem as paredes salitradas de uma antiga drogaria - aparentes apenas onde a descoberta de um arco sugeriu a dimensão cénica de um pequeno museu. E por detrás do palco estão mãos ágeis que dão vida às marionetas.

Quando as luzes se apagam, o palco se ilumina e as figuras começam a crescer nos nossos olhos, o momento mágico acontece. A pouco e pouco o tamanho da pequena sala vai-se tornando impreciso, entre as marionetas e a percepção difusa da nossa própria  dimensão.

Na saída, o espaço do "foyer" é já outro. E até as duas portas vermelhas nos devolvem uma rua estranhamente diferente.

É o encontro cúmplice entre o espaço e as pulsações da sua própria escala.

Arquitectura
José Gigante

Colaboração
Pedro Castro
Maria João Lima

Projeto de Fundações e Estruturas
Rui Fernandes Póvoas

Projecto de Instalações Eléctricas
João Dias Cruz

Localização
Porto, Portugal

Dono de obra
Teatro de Marionetas do Porto

Data de Projecto/Obra
1991-1992

Construção
Rui Aguiar

Fotografia
Luís Ferreira Alves

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